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A Procura - 2018

Atualizado: 4 de jan.





01 Se Me Deixasses Ser

02 Diz Sim (com Vanessa da Mata)

03 Partimos a Pedra

04 Dragão

05 Genérico

06 Amar Alguém

07 Não Me Convides Mais

08 Fogo no Jardim

09 Ao Longe

10 Acho Que Chegou a Hora

11 Não te vejo mais (faixa extra)


01 Se Me Deixasses Ser

Se me deixasses ser

o sítio onde podes voltar

depois do dia entardecer

ou quando a noite te agarrar

O corpo forte de ficar

A casa de permanecer

A casa para regressar

Se me deixasses ser

seja onde for


Se o filme fosse meu

na luta contra o mal

tudo o que te faz doer

morria no final

E quando o escuro não passar

e te cega como uma prisão

vou-te resgatar,

lavar o coração

Se me deixasses ser

Se fosse eu a mandar

fazia-te ver


Frente ao precipício

Juntos pela mão

Se hoje queres saltar

eu quero ser razão


Se me fizesses crer

no sitio onde posso voltar

para um dia entardecer

ou quando a noite descansar

na casa de permanecer

na pedra que fazemos chão,

para me rever,

lavar o coração

Se me fizesses crer

Se fosse eu a mandar

fazia-te ver


Frente ao precipício

Juntos pela mão

Se hoje queres saltar

eu quero ser razão



02 Diz Sim (com Vanessa da Mata)

Se for pra dar o passo, vou provar que dou

Se assim for leve esta canção, vem, coração!

Se passeando junto a mim, sentires... enfim...

Diz sim


Se passo a passo me encostar ao teu lugar

Se deres o passo como eu dou, verás quem sou

Que é bom estar perto, dançar lento junto a mim

Diz sim!


Meu lado fraco para ti

Teu lado quase forte não, não é tanto assim

Vem, diz sim, diz sim, diz sim


Se quiseres dar o passo para onde estou

e passo a passo te encontrar no meu lugar

Ou quando a dança da canção te der razão

Diz sim, então

Diz sim

Ai, não...



03 Partimos a Pedra

Partimos a pedra

Abrimos caminho

Rasgamos montanhas

Esquecemos o perigo

Corremos na selva

no sol do deserto

no escuro da sombra

ficando mais perto


Quem no fundo quer, vai atrás

Quem de longe vê, parte pedra, vai atrás


E se o vento empurrar

nossas velas de algodão

Deixemo-nos levar

acertando a direcção

E se o medo nos ferir

bem para longe da razão,

aprendemos a seguir

acertando a direcção


Um grito sem guerra

Um mapa sem rota

A mão que nos leva,

que nunca nos solta


Partimos a pedra

Abrimos caminho

Rasgamos montanhas

mas nunca sozinhos


E se o vento empurrar

nossas velas de algodão

Deixemo-nos levar

acertando a direcção

E se o medo nos ferir

bem para longe da razão,

aprendemos a seguir

acertando a direcção



04 Dragão

Se eu encher de mar este vazio, será por bem

rasgar o tempo frio,

tirar o pó, perder o nó


Se eu, no furacão romper a pele

e levitar por cima do dragão

Se for ninguém, será por bem


Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

como ombro p'ra me erguer

Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

Como abraço para lembrar


Vem se for para ir para lá de mim

Se for para ser, seremos sem ter fim

Se for para dar o que vier


Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

como ombro p'ra me erguer

Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

Como abraço para lembrar


Vem! eu quero crer no furacão!

E no dragão,

e na manhã,

e neste rio

E a razão, enfim, virá por bem


Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

como ombro p'ra me erguer

Mesmo longe de chegar

serve de arma esta canção

Como abraço para lembrar



05 Genérico

Os olhos como água escorrem cores que se espalham

em histórias, luzes, mágoas, que nos tingem, que nos lavam


Vem lembrar quem és

Vem contar quem vês


Há sonhos como aves, livres voos de verdade

Somos de sol e chuva, fogo ausente, frio que arde


Vem lembrar quem és

Vem contar quem vês


Os olhos como arma, são de lutas que disparam

um mar de amor e raiva, céu sereno e tempestade

Vem lembrar quem és

Vem contar quem vês



06 Amar Alguém

Ela não sabe o valor do seu beijo

que o mundo anseia o sopro do seu coração

que aves voam oceanos em seu nome

Ela não sabe a razão


À noite corre pela porta de saída

À noite corre para se rir da ilusão

À noite dança pela rua já perdida

A noite não sabe a razão


Quando ela vem, quando ela vai

ganha o desdém da dor que sai

mas quer amor que amor não tem,

e amor só quer amar alguém.


Ela não sabe o valor do seu beijo

que o mundo espia o calor do seu corpo

Ela não vê que o sabor do seu jogo faz arder o desejo


Quando ela vem, quando ela vai

ganha o desdém da dor que sai

mas quer amor que amor não tem,

e amor só quer amar alguém.


E a manhã regressa só

entre os braços de quem for

Qualquer céu que apague o frio

qualquer fuga do vazio

e só ela sabe bem:

Tudo o que dá ela não tem,

amor só quer amar alguém.



07 Não Me Convides Mais

Se nem o braço me dás

e queres o meu corpo no chão

preso aos dias normais

Se nem o braço me dás

como quem cala a canção

não me convides mais


Como um leão, sem coração

bicho perdido, sem se mexer

não me verás, se não me queres ver


Se tudo em mim parar, não vais notar

Pois tudo em mim parou

e nada em ti mudou, amor...


Se nem o braço me dás

e queres o meu corpo no chão

preso aos dias normais

Se nem o braço me dás

como quem cala a canção

não me convides mais


Como um navio que não chegou

como suspiro, como prever

Nesse lugar, não me vais ter

E tudo o que tentei, não te tocou

Meu espaço que te ofereci

nada em ti mudou, amor...


Talvez um dia verás que sim

e ao longe queiras chamar por mim

Mas tudo o que esperei por ti:

Meu mundo que não serviu

Meu tempo que hoje chegou

ao fim.



08 Fogo no Jardim

Que homem vais ser

quando a altura chegar

Quanto vais ser

no mundo a mudar


Que mulher vais ser

e porque razão

No jardim a arder

o mundo em vão


Se a primeira escolha é só princípio

olhos abertos, corpo em riste,

força no peito pela estrada


E se o vento contra faz chorar

fecha-me os olhos para avançar

erguendo o escudo, nunca a espada


Quem manda vai vencer

Soldado vai lutar

Quem olha sem se ver

No mundo a sangrar

Quem manda diz que não

Quem perde, pede sim

Deserto sem perdão

Há fogo no jardim


Quanto vais ser

E em que direcção

Quanto vais ser

e porque razão


Olho a violência no caminho

Olho a ausência de ir sozinho,

Estendo a mão para me juntar


E se o vento contra traz o frio

põe-me ao leme do navio

fecha-me os olhos para avançar


Quem manda vai vencer

Soldado vai lutar

Quem olha sem se ver

No mundo a sangrar

Quem manda diz que não

Quem perde, pede sim

Deserto sem perdão

Há fogo no jardim



09 Ao Longe

Se for só uma vez,

talvez não se esvazie o ar

Se for só desta vez,

no fim ninguém se vai lembrar

Se for secreta esta canção

não me importa a equação

No fim ninguém se vai lembrar


Fica então entre nós

o barco que ficou no rio

junto à serra do pilar

Será que alguém se vai lembrar?

que era fria a tua mão?

...mas quente foi a solução

No fim ninguém se vai lembrar


Ao longe somos de quem for

Quando a guerra encontra paz

no abraço de outro amor


E o Douro vai correr nos dias a seguir

Os campos vão florir

quando o verão chegar

Teus olhos vão esquecer,

meus olhos cor de mar...

No fim ninguém se vai lembrar


Ao longe somos de quem for

Quando a guerra encontra paz

no abraço de outro amor



10 Acho Que Chegou a Hora

Acho que chegou a hora de te deixar ir embora

se a distância é o que tens para me dar

Do meu lado do oceano ando preso a este engano

de te querer mas não te ter para tocar.


Qualquer coisa deste inverno

tão ausente e mais extremo

dobra o frio de amanhecer em tempo vão

Não sei bem se isto é credível ou se o sítio impossível

é aquilo que me prende à tua mão.


E se penso no teu cheiro a escorrer pelo meu peito,

como paz que se descobre,

como porta que se abre para alegria que desata

Há um sitio que está certo,

que nos faz sentir em casa.


Sei que não sabes se sentes

mas pressinto que me mentes

quando dizes que é finito o nosso céu,

porque quando me aproximo sem pretensa no destino

o teu corpo escorrega para o meu

Qualquer coisa se desmancha

e essa frieza de geixa

dá-se à lua como rio a desaguar.

Há um gesto que se estende num abraço,

e de repente queremos tudo o que queríamos largar.


E se por momentos lembro

A ternura e o segredo

do teu jeito demorado

tão sereno quanto ousado

Nem a dúvida nos trava

Há um sitio que está certo e que nos faz sentir em casa.


Aquilo que sente o corpo que se rende

A luta, a calma, no caminho em frente


Não te engano nem te esgrimo

nem te invento um caminho

Não te julgo, não te peço o que não és,

Quis o Sul dos teus cabelos e o teu sotaque nos dedos,

quis o riso despendido entre as marés.

Quis a brisa vespertina e o teu olhar de menina,

mas não quero se te vejo e não me vês


E se um dia deres a proa do teu barco por Lisboa,

pode ser que nos cruzemos devagar

E se um dia deres a proa do teu barco por Lisboa,

pode ser que te convide para jantar

E se um dia pelo Tejo for real tudo o que vejo,

dou-te o braço e vamos juntos viajar.


11. Não te vejo mais (faixa extra)

Não te vejo mais

De tão longe não te vejo mais

De tão quente o teu lugar para mim

e tão puro que não acreditei

que pudesse ser lugar para mim


Se me queres mais

Se me queres não me deixes ir

De tão longe não me encontrei

e sem ti não sei do melhor de mim


Mas voltei, meu bem, porque percebi

que não sou ninguém, sem ser lugar para ti


Meu inverno não te viu

de dentro da escuridão

Correu cego e fugiu

do teu sonho de verão

Nesta selva onde estou

é difícil distinguir

o engano da paixão

e o caminho a seguir


Mas voltei, meu bem, porque percebi

que não sou ninguém sem ser lugar para ti


E tão longe que voou, para tão longe do que sou...


Não te vejo mais.

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